sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Momentos II


Pra não chorar eu canto
Pra não esquecer (de mim)... eu escrevo
Pra não deixar de viver eu danço
Pra mostrar a mim o que sou capaz,eu desenho

Canto, escrevo, danço... logo desenho.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O Antiquário


Entramos em um velho antiquário, localizado em uma das maiores avenidas da cidade do Salvador. Tudo ali fazia com que nós voltássemos ao passado. Este por sua vez, não nos pertencia, mas sim as dezenas de pessoas que um dia possuíram um daqueles objetos.

Éramos três, sendo dois de nós enamorados, sem nunca ter namorado, vivendo um sentimento sem sentido, pois estávamos separados. Ao mesmo tempo em que nos pertencíamos um ao outro, não nos pertencíamos... Uma relação louca, mas profunda e única que um homem e uma mulher podem viver.

Cercados de lembranças alheias, que nos tolhiam pelo fato de haver inúmeros objetos ao nosso redor, avistamos um belo piano de armário. Um pianista que estava entre nós, um dos enamorados, não se conteve e foi imediatamente pedir ao dono do antiquário para tocar um pouco. Sentado diante do piano, perguntou a sua pequena qual a música que ela (eu) gostaria de escutar. No entanto, no fundo já sabia qual canção deveria tocar, a preferida dela (minha) e que era ao mesmo tempo a sua. Tratava-se de uma música de amor, este jamais vivido, mas sentido de todas as formas, mesmo em determinados momentos não parecendo ter um sentido.

Suas belas mãos de homem maduro deslizavam sobre as teclas ludibriando os ouvidos dela (meus)... Ela (eu) percebeu que havia alguns espelhos ao seu, ou ao (meu) redor. Sujos, manchados que nem refletia direito a sua, a (minha) imagem. As lágrimas queriam se desprender dos olhos. Era a música adentrando a alma. O coração palpitava fortemente, junto com o coração do pianista, que se encontrava meio em transe, pois observara de modo tímido a emoção da pequena amada.

Na verdade estávamos em nosso mundo, um antiquário permitia com que voltássemos ao passado que havia nos descoberto um dia.

A atmosfera de lá era mágica, preenchia-nos de nostalgia e vontade de nos prender um ao outro.

A terceira pessoa entre nós, figurava o momento como observador, servindo de testemunha deste momento que só pertencia a nós.

A música por fim terminou. O pianista queria até tocar um pouco mais, entretanto, percebeu que havia tocado profundamente o coração de sua eterna pequena. Ambos demonstravam demasiada emoção. Ele para dentro e ela (eu) para fora. Mas, nossos olhos diziam o que nossos lábios não tinham coragem de dizer, eram medrosos...

A magia do lugar nos fez retornar ao presente e desta forma resolvemos partir, pois estávamos atrasados para uma importante reunião...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Momentos...


Até quando escrevo sofro metamorfose...

É uma mutação entre a minha parte bem evidente perante os outros,
com a parte que pretendo ser...