sábado, 8 de agosto de 2009

menino Rua




Meus passos àsperos sobre o chão concreto
Mostram-me que ninguém me vê e nem sente

Quem sou eu?
O que faço aqui?
Pra onde vão me levar?

SÓ, em meu olhar perdido no tempo
Percebo que sou produto exposto na vitrine da miséria urbana
A inocência que cabia a mim hoje, nem sei se possuí

O que sei é que sou escravo, sem uma escravidão definida
Do poder capital e da sujeira humana.

4 comentários:

Anônimo disse...

Mutuamente.
Criador e criatura se admiram.
Atuam na mesma peça.
E interpretam os mesmos papéis.
Rasgam-se reciprocamente.
Tingindo de púrpura o sangue vivo latente do corte habitual.
Somente assim conseguem se deitar a noite.
De pernas entrelaçadas.
Frases ao pé do ouvido.
Um novo dia de teatro da vida.
Estranho paradoxo.
Somente eu.
E meu eu-capital.
Aplaudimos.
O fim do humano.

Taiane Oliveira disse...

Anônimo gostaria de te conhecer...
Belo texto.

troi disse...

não fica maluca não tá? tô aqui pra gente cantar e beber umas cachaças...ah! mudei meu blog de endereço, atualize aí!!!!

Anônimo disse...

Gostei muito do seu texto também.
Tanto que os meus versos são filhos dele.
Não entendo porque não escreve mais por aqui.
É um ótimo ponto de parada.
Prazer em conhecê-la.